segunda-feira, 13 de setembro de 2021

Precisamos falar sobre o anime de Tsukihime

Muito antes de Kara no Kyoukai e Fate/stay night serem animados, a Type-Moon teve um outro projeto que gerou bastante polêmica. Estou falando de Shingetsutan Tsukihime, anime lançado em 2003 e produzido pela JC Staff, muitas pessoas dizem que foi um tremendo de um fiasco, uma péssima adaptação, anime de Tsukihime não existe e entre outras coisas. Mas será mesmo que é tão ruim? Aproveitando o hype do lançamento do remake e também do jogo Melty Blood, por que não revisitar a história? 

Para quem não conhece a história vou dar um breve resumo. O protagonista é Tohno Shiki que, após sofrer um acidente de carro quando criança, começa a ver linhas em objetos e pessoas, ao passar uma simples faca nessas linhas, ele é capaz de destruir o que foi cortado. Para não ficar maluco com esse poder, uma feiticeira dá para Shiki um óculos que impede que ele veja essas linhas. Depois de 8 anos, Shiki que foi expulso de casa por seu pai quando criança, é convidado para voltar ao lar a convite de sua irmã. Nesse mesmo dia, ele tem um surto e acaba cortando sem hesitar uma mulher que passava por ele, mas para sua surpresa, ela não morreu depois de ser morta. Seu nome é Arcueid Brunestud, uma vampira. Ela pode não ter morrido, mas ficou extremamente fraca por se regenerar do ataque surpresa de Shiki e como forma de compensar o acidente, Arcueid pede para Shiki a acompanhar até que ela se regenere por completo. Juntos, eles vão atrás do vampiro que está sugando o sangue de várias pessoas na cidade. 


Mas então, é ruim? Não, não é, o anime é bom e eu vou explicar o motivo. Acredito que o maior problema foi a quantidade de episódios, Tsukihime é uma visual novel, e se você já jogou uma visual novel, sabe que ela é cheia de rotas e escolhas, adaptar tudo isso em apenas 12 episódios é uma tarefa difícil e muita coisa obviamente ficou de fora, mas na visão de quem não conhece o que foi cortado, a história é satisfatória. Qual é a trama? Arcueid e Shiki lutar juntos e, em paralelo, Shiki desvendar o segredo da familia dos Tohno e o que a Akiha está escondendo dele. Esses dois pontos são trabalhados no anime, tudo bem, pode ter sido um desfecho simples, deixando muita coisa de fora, mas para quem não conhece o que foi cortado, foi um final satisfatório.

Isso sem contar o clima que o diretor resolveu dar ao anime, ele é bem mais pé no chão e sério. Por exemplo, a Arcueid parece ser muito mais adulta no anime do que a versão que eu conheci jogando Melty Blood e ainda mais comparando com a sua versão do remake. Shiki parece ser muito mais um estudante normal do que um cara que esconde uma faceta de um assassino. Os outros personagens são desenvolvidos até o ponto que eles precisam ser desenvolvidos para a história seguir em frente e depois, infelizmente são esquecidos, mas é um preço a se pagar por causa do curto tempo. 

Sobre a animação, eu diria que é bem qualidade dos padrões dos animes de 2003, há cenas bonitas, mas há cenas que minha nossa senhora e as cenas de ação? Bem, a JC Staff é mais conhecida por fazer animes slice of life e não animes focados em lutas, claro que vez ou outra nós temos excelentes cenas de combate e coreografia, mas vindo da JC Staff são casos bem raros. Fazendo uma pesquisa rápida talvez eu tenha encontrando uma coisa interessante, na mesma época que Tsukihime estreou, existiu outro anime do mesmo estúdio: ROD TV. ROD é um ótimo anime que, olha só, é focado na ação com slice of life, posso estar teorizando agora, mas acho muito provável que o time de produção principal da JC Staff tenha ficado encarregado de animar ROD enquanto que o time secundário ficou cuidando de Tsukihime. E por causa disso, muito provavelmente, a escolha de deixar o anime focado mais no suspense e não na ação deve ter sido para evitar orçamento mais do que o necessário e também evitar cenas de ação mal feitas. Por isso que o anime foca muito mais no suspense e mistério do que nas cenas de ação que foram muito resumidas justamente para eles ganharem tempo para contar a história e também evitar gastos extras para animação. 

Segunda abertura de ROD TV

Mas novamente, foi ruim? Eu acredito que não, por causa da estética e narrativa que foi escolhia, eu não me incomodei com as cenas de lutas rápidas, eu não sei explicar bem, mas os personagens dos animes parecem ser mais realistas do que a versão da visual novel ou do manga, por isso é difícil imaginar esses personagens fazendo ações sobre humanas, claro que tem um ou outro personagem que faz as suas piruetas, mas imaginar por exemplo, o Shiki lutando como ele faz no manga e, provavelmente, na visual novel é um pouco mais complicado. 

E fica uma dúvida, por que a JC Staff preferiu optar por dar mais atenção para ROD TV do que Tsukihime? Existem duas possíveis explicações que consigo imaginar, a primeira delas é o retorno financeiro. ROD TV é uma série que já tinha uma animação anterior, um OVA de 3 episódios que foi muito bem recebido pela crítica e que, se você não assistiu, recomendo que assista, ainda mais se gosta de animes de ação. Tsukihime era mais um jogo adulto dentre vários que já tinha no mercado, e a Type-Moon não era tão famosa assim na época, arriscar a fazer uma adaptação de 26 episódios de um anime que, a primeira vista parecia igual a tantos outros, era arriscado, lembrando que em 2003 a visual novel de Fate/stay night ainda não tinha lançado. Outra explicação pode ter sido propositalmente feito desse jeito para alavancar a venda do jogo, muitos animes que saem por aí são na verdade grandes propagandas para alavancar a venda da obra original, quantos animes que você assistiu, gostou, mas nunca mais viu a segunda temporada dele e teve que ir atrás do manga ou light novel para continuar com a história? Essa é uma das estratégias que muitos fazem até hoje e dá bastante certo. Isso sem contar o marketing feito de boca a boca, fãs da série assistem o anime e encorajam outros que só assistiram a adaptação dizendo a famosa frase "no original é bem melhor", instigando a curiosidade dessas pessoas de irem atrás da Visual Novel para se aprofundar mais na série. 

O negócio é comprar a ideia que o diretor do anime quis passar, se você não compra essa ideia, não importa o que vai ser jogado na tela, você não vai gostar, por isso que muitos fãs do jogo não gostaram do anime por causas das adaptações. O diretor não quis expandir mais a história para evitar pontos soltos, por isso muita coisa foi "nerfada", é melhor simplificar a história e fazer ela compreensível para todos do que começar a colocar um monte de termos e regras que só quem é fã da visual novel vai entender e afastando possíveis novos interessados na história.

Você pode até não gostar do anime, mas precisa concordar comigo que a trilha sonora dele é coisa de outro mundo. Composta por Toshiyuki Omori, a trilha consegue acertar em todos os pontos, ela é um dos pontos mais altos do anime, você pode até ter se esquecido das cenas do anime, mas a trilha é um caso diferente, assim que ela começa a tocar você já associa com Tsukihime. Ela é a cara e alma do anime de Tsukihime, pelo menos eu não consigo imaginar o anime sem essa ela, é a mesma coisa querer assistir Kara no Kyoukai sem a trilha de Yuki Kajiura.


Resumindo, Tsukihime pode ter cometido falhas em sua adaptação, mas não foi por falta de competência do diretor Sakurabi Katsushi, mas sim de fatores externos. Inclusive ele já dirigiu alguns animes que gostei bastante como Flying Witch, Lostorage Incited WIXOSS e Alice to Zouroku. Mas se você tirar a mania de comparar o anime com a visual novel, você vai acabar descobrindo uma história boa para entreter e que vale muito assistir. Eu ainda não tive coragem para encarar a visual novel, mas fui atrás do manga de Tsukihime, sei que lá também tiverem cortes, mas é uma história bem mais completa do que o anime, aprofundando muito mais a relação do Shiki e seus olhos.

Se você nunca assistiu, eu recomendo. A piada é boa, mas anime de Tsukihime existe e não é uma droga como muitos dizem e pensam. Não é o melhor anime de todos, longe disso, mas é uma história que vale a pena assistir. Mas agora fica a expectativa, Heaven's Feel já acabou e muito provavelmente teremos o especial da Type Moon no final do ano, qual será a próxima grande obra que será adaptada? Será que teremos mais coisas de Fate como por exemplo Hollow Ataraxia? Ou será que com o lançamento de Tsukihime e Melty Blood, podemos esperar uma nova adaptação agora com todo o tempo e qualidade que ela merece? 

quarta-feira, 1 de setembro de 2021

Notas rápidas #18

 

Enquanto esperamos o especial da Type-Moon de final de ano com as próximas novidades da franquia, a Silver Link está mandando ver na divulgação do próximo filme da Illya intitulado: Fate/kaleid liner Prisma☆Illya Movie: Licht - Namae no Nai Shoujo. Do ponto de vista do manga, é uma continuação direta dos acontecimentos de Sekka no Chikai já que é o Shirou que conta para a Illya e as outras garotas sobre o passado dele com a Miyu, do ponto de vista da animação, é uma continuação direta de 3rei!! O filme já estreou no Japão no dia 27 de agosto e o canal da Kodokawa liberou 10 minutos do filme:

A previsão para nós? Não espere tão cedo, no mínimo 6 meses, isso se eles não resolverem lançar via streaming mais cedo. De todas os spinoffs de Fate, Prisma Illya é o que eu mais me interesso, muito pelo fato deles usarem personagens da série clássica e depois introduzirem um novo plot à trama, diferente de outros spinoffs que gira em torno da guerra pelo Cálice Sagrado ou servos aleatórios.

Mas mais curioso disso tudo é que foi anunciado uma nova animação, ainda não se sabe se será um OVA, filme ou uma nova temporada. Para quem não acompanha o manga,a história do filme ainda está "em andamento", mais ou menos. Se não houver uma adaptação pesada, o filme vai terminar em um belo de um cliffhanger, haverá uma conclusão do arco, mas você vai ficar com cara de "ok, deu muito ruim, o que vai acontecer agora?" e é exatamente nesse ponto que o manga acabou de entrar. Então de duas umas, ou essa animação vai demorar para acontecer ou vai ser uma animação estilo Carnival Phantasm, focado na zoeira total ou em fanservice. Lembrando que já tivemos isso com Prisma☆Phantasm.

Agora que Tsukihime já saiu, a TM pode começar a divulgar seus novos personagens em Melty Blood. A nova personagem apresentada no jogo de luta é a Noel, personagem original do remake que é professora da escola de Shiki e aparentemente é uma enviada da Igreja assim como a Ciel. Noel usa uma lança para atacar, além de também ter as Chaves Negras (Kokken) que a Ciel e o Kotomine Kirei usam. Ela tem um moveset interessante, mas algo me diz que se ela usa uma lança, provavelmente ela não deve ter uma história muito feliz, vide os Lancers de Fate, mas talvez seja só preconceito meu, vai saber.

quinta-feira, 26 de agosto de 2021

Notas rápidas #17

 

Essa semana teve a Type Moon Times que é basicamente uma live que eles dão novidades relacionadas a os jogos, como deve se imaginar, o maior foco de todas essas últimas 5 lives foi no universo de Tsukihime que está se expandindo com o remake que já está disponível hoje, dia 26 de agosto para PS4 e Switch apenas em japonês e também com Melty Blood. Eles fizeram uma breve degustação de 10 minutos do jogo para os fãs verem como ficou o visual dele. Mas o mais interessante é que também existe uma abertura para a rota da Ciel.


Segundo as informações que li, Tsukihime remake não seguirá 100% com a história original, muito provavelmente para se encaixar melhor com Mahoutsukai no Yoru e obviamente no Nasuverse, então temos novos personagens e uma ambientação mais atual do que era na obra original que era no começo de 2000.

Além de Tsukihime, também temos a introdução da mais "nova" personagem de Melty Blood Lumia, Miyako Arima! Nova entre aspas porque a Miyako está no elenco de Melty Blood já faz um bom tempo. Miyako é a "irmã" de Shiki enquanto ele vivia com os Arima, seu movimentos são baseados no Bajiquan, uma arte marcial chinesa criada, curiosamente, muitos personagens de Fate são treinados com essa arte marcial como por exemplo Kotomine Kirei e a Tohsaka Rin.

E finalmente saiu as primeiras imagens da Figma 2.0 da Rider. Diferente da versão original, essa nova versão é um pouco maior por causa do novo estilo de corpo que as Figmas tem, além de mais pontos de articulação, como no meio do tronco e também nos pés. Pelas imagens dos acessórios, também é possível ver que teremos 2 rostos extras junto com um par de correntes em posição dinâmica


Comparando com a versão 1.0 também é possível notar uma diferença nas cores, principalmente no cabelo que está mais escuro e mais sóbrio. Meu único receio é a parte das mãos da versão 2.0, perceba que a parte da roupa da Rider que vai até a mão é separada, diferente da versão 1.0 que é uma peça só, dependendo de como ver essa peça, será necessário EXTREMO cuidado ao manusear, porque essas figmas são muito delicadas, experiência própria.

A pré venda começa amanhã e o lançamento está marcado para julho de 2022. 

quarta-feira, 18 de agosto de 2021

Notas rápidas #16 - Pop up Parade

 


Se tem uma coisa que eu fiz durante as minhas férias do blog, foi voltar a minha coleção de figures, eu já tinha algumas, mas acabei parando por causa do alto preço e também por não achar nada que me interessasse. Mas isso acabou mudando quando eu conheci a linha Banpresto da Bandai e comecei de novo com esse hobby, na verdade o hobby não é bem colecionar essas peças, mas sim tirar fotos delas. Depois disso eu voltei a colecionar figmas e também nendoroids, curiosamente, minha coleção está mais focada em Fate/stay night, mas apenas os personagens clássicos, não tive coragem de me aventurar com os novos de Grand Order ou Apocrypha, o mais longe que fui foi Fate/Extra. 

Nessa aventura cara, eu me deparei com uma nova linha da Good Smile chamada de Pop Up Parade. Elas fazem parte de uma nova coleção da Good Smile de figures custo/benefício, são figures de 18cm de altura e custam 39 dólares. Custo/benefício porque são figures relativamente grandes, não tem um acabamento tão refinado quanto as figures de escala, mas não são feias e há bastante variedade de figures, tem desde personagens de animes até de jogos. Eu inclusive consegui uma, a Kotoko Iwanaga de Kyokou Suiri, a figure tem alguns defeitos de pintura, mas em geral vale a pena o investimento se contar o preço dela que foi só 39 dólares. Preço bem competitivo com a linha Banpresto, se bem que ainda a Banpresto consegue fazer um trabalho mais refinado custando menos do que as da Pop Up Parade. 

E finalmente foi anunciado a nova Pop Up Parade de Fate/stay night, a escolhida dessa vez foi a Saber Alter, a pré-venda vai começar dia 19 de agosto e muito provavelmente só vai pronta para o final do ano ou ano que vem.


Lembrando que, além dela, estão previstas uma figure do Lancer e da Nero, mas ainda sem data de lançamento. Muito provavelmente eu vou querer ter ela na minha coleção, meu sonho de consumo na verdade era essa daqui, mas o preço é bastante salgado, quem sabe um dia? Mas o que eu realmente estou esperando é a figma 2.0 da Rider.

Ela é bem diferente da versão 1.0 com mais pontos de articulação e também com a escala redefinida com as figmas atuais. Ainda não existe data e nem previsão dessa figma, pode ser que também ela nem veja a luz do sol, mas ficamos na torcida. Eu ainda estou na caça da Tohsaka e do Gilgamesh, na verdade não é bem caça, mas sim criando coragem para pagar uma fortuna por eles. 

Se você gosta de figures e fotografia, dê uma olhada nas coisas que estou fazendo no instagram. Não se comparam com os profissionais da fotografia, ainda estou em um nível bem amador, mas é uma hobby muito gostoso, divertido, mas caro de fazer. Também tenho um canal no YouTube dedicado a isso, mas é algo muito mais experimental, eu parei de publicar lá por causa de um acidente que tive com uma de minhas figmas.


E vocês? Tem uma coleção de figures também? 

domingo, 1 de agosto de 2021

O retorno?

 


Pois bem, caros leitores, depois de um longo hiato eu... voltei? Mais ou menos eu diria. Primeiramente gostaria de pedir desculpas, muitas coisas aconteceram e eu fiquei sem tempo/ânimo para continuar escrevendo. Uma das razões, talvez a principal, foi a tentativa falha de criar um canal no YouTube e depois de trabalhar tanto no conteúdo levei 2 strikes e aí desanimei completamente, mas depois de um bom tempo de "férias" do blog, me deu uma vontade de retormar as coisas, mas estou pensando em como retomar.

Hoje em dia, poucas pessoas acessam blogs e dedicam seu tempo para ler um texto, sendo as vezes mais fácil assistir/ouvir um video enquanto realiza outras atividades, mas também existem pessoas que gostam de ler por ser mais prático e rápido. Pensando nisso, eu estou querendo voltar a ativa, mas não sei como voltar, por isso nada melhor do que perguntar para vocês, leitores deste blog, se é que ainda existe alguém aqui, o que vocês preferem: migrar para uma mídia audiovisual ou continuar na forma de texto?

Se eu começar a produzir vídeos, a ideia é abrir o leque e comentar sobre outras series fora as da Type-Moon, criar mais conteúdos, mas nada tão complexo quanto foi a minha primeira tentativa, mas por ser vídeo eu demoraria um pouco mais por precisar, além de escrever, gravar e editar o vídeo, mas teria mais variedades de assuntos, além de ser um fã da Type-Moon eu consumo bastante outros animes, então seria algo legal de se fazer e dar minha opinião sobre o que estou vendo. Se eu continuar com apenas os textos, não mudaria nada, eu continuaria a escrever sobre os assunto da Type-Moon, mais ainda agora que Tsukihime e Melty Blood estão prestes a sair. 

Então eu lhe pergunto: qual seria o melhor caminho para seguir? 

sábado, 30 de junho de 2018

Fate/Extra - Last Encore na Netflix

Não sei desde quando tinha sido anunciado isso, mas recebi a notificação pelo e-mail de que Fate/Extra estava vindo para a Netflix com a previsão de estrear dia 30 de junho. Fiquei bastante surpreso e curioso para saber se viria só legendado ou dublado e, como eu deveria imaginar, veio dublado e não é que ficou bom?

Ok, como era de se esperar, nem todos os personagens tiveram vozes adequadas, Hakuno, Tohsaka e Rani, por exemplo tiveram vozes mais maduras do que deveriam ter. A interpretação está boa, mas o tom de voz não casa com o personagem, eu vi a versão em inglês e eles manteram o tom parecido com a do original, não sei quando foi o motivo de terem escolhido esses dubladores, mas enfim. Falando na versão em inglês, deu para perceber que usaram essa versão para dublar em cima e não da japonesa, preguiça, falta de tradutores em japonês, facilidade para dublar, eu não sei o motivo novamente, mas não acho que seja a melhor das ideias fazer isso. Em compensação, há muita adaptação, o que eu achei ótimo. Mas de todas as vozes, a melhor de todas ficou por conta da Saber, dublada pela Gabriela Pellegrino, querendo ou não, a Saber é a estrela da série, e a versão dublada dela ficou muito boa, consegui sentir o ar que ela emana de nobreza e nariz empinado, se tem algo para reclamar, eu diria que é a forma que ela chama Hakuno, que ficou adaptado para Maestro, não que seja ruim, mas eu diria que Pretor seria forma mais correta dela chamar o Hakuno já que fica claramente ligado o nome com o período romano e é uma pista a mais para saber o verdadeiro nome da Saber.

Uma coisa que me incomodou bastante foi a legenda, constantemente marcando os famosos "umu" da Saber, coisa que foi tirada na versão dublada (e de qualquer outra versão) por motivos óbvios. É uma piada entre os fãs e é uma marca da Nero, mas não tem necessidade de legendar isso. É quase tão ruim quanto não traduzir senpai, que também aparece na legenda sem ser traduzido, se existe tradução, por que não traduzir? É a mesma coisa que não traduzir, "itadakimasu" ou "ittekimasu", é uma besteira de fãs puritanos que até hoje não entendo. Legendas de fansubs é uma coisa, você coloca o que você quiser, o fansub é seu. Agora em uma legenda para uma empresa que o público alvo não são só otakus e sim todos em geral, não faz o menor sentido. O pior é que isso não está só na versão em português, como também na versão em inglês, novamente, problemas por terem usado a versão em inglês e não a original.

Fora esses detalhes, como um todo está um trabalho ok para assistir, diferente de Apocrypha. Se você tem uma conta no Netflix e não viu a série, ou quer rever ela, é uma boa pedida enquanto a segunda temporada não chega.

sábado, 12 de maio de 2018

Heaven's Feel - I. Presage Flower

Depois de muito tempo, finalmente saiu essa semana a versão em Blu-ray de Heaven's Feel Presage Flower e devo dizer que a espera valeu muito, é um filme muito, mas muito bom mesmo. Então já deixo avisado que os próximos parágrafos terão spoilers sobre o filme, então se não assistiu pare de ler aqui e vá assistir.

A ufotable teve a liberdade criativa de mudar várias coisas da rota, e para melhor, ao começar pelo prólogo, já seria a terceira vez que estaríamos vendo as mesmas cenas de introdução da série, Shirou ficando até mais tarde para limpar o clube de arco e flecha, ele vê Lancer e Archer brigando e blá-blá-blá-Eu te pergunto, é você o meu mestre?-blá-blá-blá até chegar no ponto em que as coisas mudam. Mas dessa vez foi completamente diferente, em vez disso, pudemos ver como a Sakura entra na vida do Shirou e como ela vai mudando com o passar do tempo de uma garota sem expressão facial para a forma adorável como ela é hoje.

Os 30 primeiros minutos do filme mostra essa vida mundana dos dois, é simplesmente bonito de ver a relação do Shirou e da Sakura, coisa que nunca vimos nas outras rotas porque o ponto principal não era esse. Só depois disso tudo é que temos todas aquelas cenas já conhecidas (sem contar que há cenas reutilizadas de UBW e Zero no meio), o tempo de apresentação dos créditos iniciais é o tempo que se leva até o Shirou lutar contra o Lancer em casa, invocar a Saber que luta contra ele e depois parte para cima do Archer. Corrido, mas necessário porque não precisamos ver de novo isso.

Uma mudança que não lembro de ter visto na Visual Novel é o Kiritsugu revelando para o Shirou logo no começo que o homem que quase ganhou a guerra passada era o Kiritsugu e logo depois, a Saber também revela para ele que ela lutou com Kiritsugu na guerra, mas ela foi forçada a destruir o Cálice, isso é um fato importante que vou dizer mais para frente.

Algumas batalhas foram alteradas de dia e local, é completamente aceitável isso se pensar que temos que desenvolver a história em 3 filmes, mas é muito bom saber que isso não foi ruim e nem deu impressão de estar acelerado, as coisas acontecem tão fluidamente que você nem percebe essas diferenças da obra original, e eu acho ótimo isso. E fica bem claro que este filme É uma continuação de Fate/Zero, eles fazem questão de deixar isso claro com o primeiro encontro do Zouken com o Shirou e da Illya com a Saber, o fato de exporem para o Shirou quem foi Kiritsugu o matador de magos também é importante porque frisa essa relação com Fate/Zero que não temos na Visual Novel.

E como fica a construção dos outros personagens? Todos os outros são passados bem superficialmente, até a Saber e a Tohsaka ficam jogadas para personagens secundárias, aqui os protagonistas são a Sakura e o Shirou. É ruim? De forma alguma, esse filme foi feito para os fãs da série e não para novas pessoas que querem entrar nesse universo gigantesco, desenvolver esses outros personagens que já foram desenvolvidos nas outras histórias é perda de tempo, por isso já vamos direto ao ponto, como é o caso da obra original. Quando vamos jogar Heaven's Feel, já sabemos o que cada personagem é, quais são seus objetivos, por isso é desnecessário a gente saber mais do mesmo, tanto é que nem se fala direito em como funciona a guerra pelo Cálice Sagrado aqui, porque subentende-se que você já sabe o que é e como funciona. Mas tem uma personagem que foi prejudicada com isso tudo: Illya, ela tem pouca participação no filme, mas é muito importante para a trama futura, no final, dá para entender que vão desenvolver ela no segundo filme e se depender do trabalho da ufotable, eu acho que vão conseguir consertar essa "falha". Em compensação, a Sakura foi muito bem desenvolvida, na minha opinião, você sente raiva do Shinji junto com o Shirou ao descobrir que ele bateu nela e começa a torcer para que tudo acabe bem com ela.

Eu acho lindo a forma como Heaven's Feel destrói tudo aquilo que a gente sabe sobre essa guerra, com a aparição do Assassin verdadeiro e da sombra (que você sabe de quem é, se parar e ver frame a frame as imagens que aparece quando ela atinge o Shirou) tudo muda, Sasaki Kojiro, Caster, Lancer são derrotados facilmente, Archer muda de objetivo e a Saber é completamente derrotada, e eu acho que esse ponto é o ápice para quem não conhecia a história. Ver a protagonista da série, a considerada mais forte dentre os servos sendo derrotada no final do filme é um grande choque e aviso para nós dizendo que essa história é bem diferente das outras duas. No final a gente vê que a Saber não morreu, assim como o Assassin diz, ela está enfrentando a suas próprias trevas, mas vemos que ela está desesperada para conseguir o Cálice, ela se arrepende do seu passado como Rei e mais ainda por não ter conseguido o Cálice em Fate/Zero, dá a entender que ela vai fazer de tudo para conseguir o Cálice, até mesmo se corromper, lembre-se, a Saber de agora, não foi salva pelo Shirou (muito menos tem laços fortes com ele ainda) e nem sabe o que Cálice está corrompido, por isso ela está disposta a fazer qualquer coisa.

E com isso eu considero que foi um tiro muito bem dado pela ufotable de fazer Heaven's Feel um filme, a qualidade está mais do que excelente, a trilha sonora está boa, mas fico preocupado com a saída da Yuki Kajiura da agência que ela trabalhava, não sei até que ponto isso pode afetar o outros dois filmes. Sem contar que como é um filme eles podem ser um pouco mais ousados com gore e possivelmente cenas de sexo já que o sonho erótico que o Shirou teve foi mantido, mas amenizado, diferente da versão Realta Nua que foi completamente censurado.

Estou bastante ansioso para o segundo filme que ainda não tem data de lançamento, mas deve ficar para o final do ano.

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

Fate/kaleid liner Prisma Illya - Sekka no Chikai

Já haviam lançado uma versão web do filme, mas resolvi esperar o lançamento da versão em Blu-ray para assistir. E posso dizer que foi um ótimo filme, sou meio suspeito de falar algo porque gosto bastante desse spin-off, mas dava para fazer tranquilamente uma nova temporada de Prisma Illya, mas eu acho que sei a razão de preferirem fazer um filme do que uma nova série.

Antes de entrar nesse assunto, vamos a sinopse, é impossível não dar spoilers da série, então é por sua conta e risco. O filme se passa antes dos acontecimentos de Prisma Illya e nos conta a vida da Miyu antes dela ir para o mundo da Illya, basicamente Kiritsugu e Shirou estão procurando um meio de salvar a humanidade e descobrem que a Miyu é uma criança com poderes mágicos especiais que tem o poder de realizar qualquer tipo de desejo, como se fosse um outro tipo de Cálice Sagrado. Enquanto Kiritsugu quer usar ela como ferramenta para salvar a humanidade, Shirou começa a vê-la como uma irmã mais nova e a se preocupar com o bem estar dela. Antes dele revelar seu desejo de recomeçar uma nova vida com a Miyu, ela é sequestrada e Shirou precisa participar da Guerra pelo Cálice Sagrado para ter a chance de se reencontrar com a irmã dele.

E por que eu disse havia uma razão para eles terem feito um filme em vez de uma nova temporada? A reposta é simples, nesse arco do manga, o protagonista é o Shirou e seria bem estranho uma nova temporada de "Fate/kaleid Prisma ILLYA" sem a Illya. E o que tem de especial nesse Shirou? Ele é simplesmente uma das melhores versões do Shirou, só perdendo para a versão de Heaven's Feel, na minha opinião. Ele é direto e sabe o que tem que ser feito, sabe desde o começo que é impossível salvar todo mundo e escolhe salvar as pessoas que ele mais gosta, ele está cansado de seguir o ideal dos outros e quer escolher seu próprio desejo, esse é o Emiya Shirou que é protagonista dessa história.

Há momentos muito bons no filme e cheio de surpresas para os fãs das outras franquias de Fate, principalmente quando a guerra começa, a animação também está muito boa e algumas cenas do trailer não foram usadas ou foram trocadas para evitar spoilers. Eu confesso que achei que iria terminar como foi no manga, mas a forma como encerraram o filme foi muito boa e talvez até melhor ter deixado assim, mas é uma pena que não teremos notícias de uma nova série da Illya por algum tempo já que o novo arco está bem no começo. Eu poderia falar mais coisas e das cenas que mais gostei, mas seria estragar a surpresa para quem quer assistir.

E quem deve assistir o filme? Fãs de Prisma Illya é obrigatório assistir, o filme explica muitas coisas que não foram faladas nas séries e também entendemos o paradeiro de alguns personagens que não aparecem. E quem nunca assistiu a série? Bom, cronologicamente falando, esse se passa no começo de tudo, mas fique avisado que você vai receber um grande spoiler da história já que o passado da Miyu era um segredo até as últimas duas temporadas, e também não se iluda pelo estilo de narração, esse arco foi completamente diferente do que é Prisma Illya, lembre-se de que a história é da Illya e a Miyu como mahou shoujos, a última coisa que você verá nesse filme é alguma garotinha mágica, literalmente.

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Fate/Extra Last Encore

Bom, eu resolvi esperar lançarem 3 episódios para entender o que estava acontecendo no anime antes de fazer um post sobre ele e evitar falar alguma besteira, e agora posso falar sem sombra de dúvida que esse anime promete bastante! Mas antes de dar minhas opiniões, eu vou traduzir um trecho que o Kinoko Nasu escreveu sobre Last Encore que achei na wikipedia da Type-moon:

"Sobre 'Last Encore', eu tentei fazer algo que fosse diferente mesmo se você soubesse ou não da história. Para as pessoas que que terão a primeira experiência com "Extra" eu quero que esse seja o ponto de partida para elas se interessarem pelo jogo e pelo manga. E para aqueles que conhecem o jogo eu quero que eles digam "O que?!" para as diferenças do anime. Então as pessoas podem se divertir jogando Extra depois de assistir o anime e as pessoas assistir o anime depois de jogar o jogo. Eu espero que possamos fazer algo que divirta os dois lados."

A história compartilha os mesmos eventos do Fate original até na década de 70 onde acontece um acidente que faz toda a mana da Terra sumir, em 2030 toda a mana da Terra acaba. Em 2032, a humanidade descobre uma computador na lua criada por uma civilização desconhecida chamada de Moon Cell que gravou vários acontecimentos na Terra durante anos e anos. Esse computador também cria uma réplica da Guerra pelo Cálice Sagrado usando um sistema chamado de SE.RA.PH., mas reúne 128 participantes dentre humanos (hackers) e NPCs. Dito tudo isso, a história se passa em um colégio chamado Tsukumihara e nosso protagonista acorda nesse universo sem memória de quem ele é e é forçado a entrar nessa guerra com um dos servos você escolhe no começo (Saber, Caster ou Archer)  para conseguir o Cálice Sagrado e descobrir quem ele realmente é.

Essa é a premissa do jogo, no anime a coisa muda, o protagonista é o mesmo do jogo, Hakuno Kishinami que pode ser tanto uma mulher quanto um homem, você escolhe no começo do jogo, mas aparentemente, no anime foi escolhido a versão masculina. Mas ele não participa da Guerra, quando ele consegue o contrato com seu servo, a Saber, as regras da guerra mudam todas porque o sistema SE.RA.PH. é substituído por um novo chamado de Chakravatin que não força mais os mestres se matarem. Mas Hakuno tem um grande desejo de continuar a guerra que ele mesmo não sabe o motivo e, para ajudá-lo, Tohsaka Rin tem o mesmo objetivo e também quer saber o que está acontecendo nos andares de cima do Moon Cell, para isso, eles precisam derrotar os mestres que sobraram nos andares para ativar o elevador que dá acesso aos novos andares até chegar no topo e descobrir o que é o Chakravatin e o que houve com  SE.RA.PH.

E esse é o que parece ser a premissa do anime, provavelmente os mestres e servos que estão nos outros andares são os mesmos do jogo. No primeiro andar, o mestre que Hakuno precisa enfrentar é o Shinji e a Rider, então tudo leva a crer que os próximos serão os personagens já conhecidos do jogo. Eu digo parece porque há uma teoria que muitos fãs estão levantando e a cada episódio que passa parece que é uma teoria bem forte. Em Last Encore, Hakuno está preso em uma espécie de Loop Infinito, isso explica porque no primeiro episódio nós temos o que parece ser a batalha final do anime com a Saber perdendo e a versão feminina do Hakuno morrendo, também explica as diferentes versões que o Hakuno tem da sua morte no começo do anime. E outro detalhe, além da vontade de lutar na Guerra, Hakuno também tem um ódio consumindo ele por dentro, ele não sabe de onde vem esse ódio, mas é algo que vai influenciar bastante o comportamento dele no futuro. 

Mais uma coisa, isso de loop infinitos faz ilusão ao subtítulo do anime "Last Encore", encore seria algo do tipo "bis" que as pessoas gritam quando acontece algum show/concerto para repetirem a música, então, se a teoria dos fãs de loops infinitos estiverem certa, esse é a última chance que o Hakuno tem de ganhar a guerra.

Eu diria que foi bem arriscado a Shaft junto com o Kinoko Nasu criarem esse universo novo de Fate. A maioria das pessoas reclamam que determinada série é ruim porque não seguiu o original ou porque o original é sempre melhor que a adaptação. Eles tinham em mãos uma história interessante de Fate/Extra para adaptarem, mas resolveram criar uma história original usando os conceitos do jogo como base da história. Até agora estou gostando do resultado, é como o texto do Kinoko Nasu no começo do post, Last Encore é para os fãs da série do jogo se surpreenderem com a história já que não é a mesma do jogo e para os novos que não conhecem o jogo se interessarem pelo plot e irem atrás para jogar. Não me surpreenderia se eles resolvessem lançar um remaster do jogo para o PS4 /Vista (quem sabe para o PC também, já que Extella ganhou uma versão) e também não seria surpresa se, o anime for bem recebido pelo público, eles adaptarem com Fate/Extra CCC e Fate/Extella já que uma é continuação da outra.

Com certeza é um anime que vou acompanhar até o final, fãs do Archer e da Caster que me desculpem, mas ninguém ganha da melhor Saber, nem mesmo a original.

segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Fate/Apocrypha

Fate/Apocrypha ficou conhecido quando foram divulgados informações de um jogo online onde o jogador seria um mestre e escolheria o servo dentre os 14 que haviam no jogo. Com essa informação e o sucesso da série original, muitas pessoas estavam curiosas para saber como seria esse universo, foi então que em 2011 foi anunciado a Light Novel de Fate/Apocrypha, escrita por Yuichiro Higashide, do elenco original, só 4 servos foram trocados: Musashibo Benkei, Sakata Kintoki, São Jorge e Davi.

A história se passa em um universo paralelo, na terceira guerra, o Cálice desaparece misteriosamente de Fuyuki e, na mesma época que aconteceria a quinta guerra, a família de magos Yggdmillennia anuncia que eles tem posse do Cálice, a associação de magos então manda um grupo para recuperar o Cálice, mas são todos massacrados por Lancer. Em meio a carnificina, o último mago que estava no grupo consegue ativar o Cálice Sagrado para que haja uma nova guerra, mas desta vez não são 7 servos, mas sim 14 mais um outro servo que servirá como mediador da guerra. Desta forma, duas facções são criadas, os servos vermelhos (da associação de magos) e os servos negros (da família Yggdmillennia).

Agora tudo é opinião minha, mas dentro desse elenco gigante há poucos personagens que se sobressaem e outros que são completamente esquecidos ou pouco aproveitados. Dentre eles, posso citar o Lancer negro, mas há personagens bem construídos, como foi o caso da Mordred e Sisigo que dentre todos os personagens, foram os que tiveram mais desenvolvimento. Mordred, que estava aí para ter a cota de clone de Sabers, conseguiu ser mais do que isso e mostrou personalidade forte e alto senso de justiça juntando com Sisigo que foi um excelente necromante que proporcionou lutas interessantes na série, sem duvida, a dupla conseguiu se sobressair mais do que Sieg e Ruler. 

Eu fui forçado a aceitar que Sieg era o protagonista, ele tem um forte senso de justiça, provavelmente porque estava com o coração de Siegfried. E o nosso antagonista da história toda: Kotomine Shirou que muitos na época acharam que era o Shirou que já conhecíamos mas seria uma versão de como ele seria se fosse criado pelo Kirei. No final das contas, esse Shirou é um personagem novo e não tem ligação com o outro Shirou que conhecemos. No final das contas ele queria salvar a humanidade e todos os servos ao lado dele prometeram ajudá-lo a cumprir esse objetivo, mas a humanidade não estava pronta para ser salva e por isso entra na história Sieg e Ruler para parar com o plano de Shirou. Apesar de tudo, eu gostei de como Shirou se desenvolveu na história e a sua relação com seu servo, a Assassin. Relação que proporcionou uma das cenas mais bonitas da série no final, no final das contas cada um se foi satisfeito com aquilo que conseguiram atingir, e acho que isso foi o mais importante.

Então a história é ruim? Não diria isso, a história tem um começo interessante, mas eu senti que ficou meio arrastado na metade para o final, parece que resolveram fazer uma limpa de personagens na metade e deixar só os que realmente eram importantes ou o que eles achavam que eram importantes. Personagens que não eram tão interessantes ganharam foco muito tarde, como foi o caso da Assassin preta que só serviu para mostrar o quanto poderosa foi a Ruler e criar uma intriga com a Archer vermelha. Talvez se a história fosse mais curta seria mais interessante. Mas a história teve bons momentos, as lutas entre os servos foram bastante interessantes e envolventes. Eu não sei se voltaria a assistir a série, talvez em um futuro distante eu resolva rever tudo, mas hoje não tenho interesse em voltar a assistir.

Eu ainda prefiro o universo original que é mais interessante do que os outros spinoffs que ganhou. Fate/Extra e Prisma Illya são os que mais me chamaram a atenção, diferente de Fate/Apocrypha e Grand Order, mas reconheço a fama que eles possuem, sinal de que a maioria dos fãs gostaram das séries, coisa que não aconteceu comigo. Foi quase a mesma coisa que aconteceu quando fãs que só viram Fate/Zero resolverem assistir UBW e se decepcionaram com a falta de seriedade e drama.

terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Emiya-san chi no kyou no gohan

Como havia já falado no post anterior, Emiya-san chi no kyou no gohan pegou todo mundo de surpresa por ter o anime revelado para esta temporada e já foi lançado o primeiro episódio para todo mundo ver como vai ser o anime. Ok, mas e a história?

Bom, o universo é da história original de Fate, com Shirou, Rin, Sakura, Taiga e a Illya, mas é um universo que todo mundo está em paz e não há, aparentemente, a guera pelo Cálice Sagrado. Não é explicado o motivo dos servos estarem vivos e nem se há ou não o cálice para lutar por ele, mas isso pouco importa na história, vamos deixar de lado esse "mero" detalhe. O anime conta a história do dia-a-dia do Shirou preparando a comida para a família dele, no caso a Saber, Taiga e a Illya, eventualmente outras pessoas também, como a Sakura, Rin, Shinji, Lancer e a Rider. Não espere por lutas épicas, momentos dramáticos ou coisa do gênero, esse é um anime para simplesmente sentar e curtir o momento, eventualmente soltar um leve riso. O foco aqui é como o Shirou prepara a comida e como os personagens ao redor dele se deliciam pelas coisas que o Shirou faz.

O ponto alto da série foi a escolha de um estilo de desenho diferente do que a ufotable faz para a série principal de Fate, deixando tudo mais colorido, agradável e muito fofo (no primeiro episódio, a Saber foi o destaque de tanta fofura). Mas não se deixe enganar pelos traços mais simples e bobinhos, a qualidade da animação está muito boa, assim como no cuidado em mostrar cada detalhe do prato que o Shirou está fazendo, fora a narração dele explicando como fazer cada prato.

Pelo que deu a entender no encerramento, outros personagens vão aparecer, como o Assassin (que em determinado momento é trocado pelo poster de papelão dele, já que ele não pode sair da entrada do templo, piada remanescente de Carnival Phantasm), Caster, Archer e, quem sabe, até o Kiritsugu pode dar as caras em um possível flashback já que também aparece a Taiga e o Shirou mais novos. Por falar no encerramento, tenho a leve sensação de quem desenhou ele é fã da Illya. 

E quem precisa assistir essa série? Bom, fãs de carteirinha de Fate é obrigatório assistir, se você gosta de animes slice of life também é uma grande recomendação, ainda mais se você gosta de animes de culinária com toque mais realista e menos fantasioso nos pratos, sem contar que é bem curto, cada episódio vai ter em média de 10 minutos. Eu vou com certeza acompanhar a série, sou fã de slice of life e o universo original de Fate me agrada bastante, gosto bastante do clima alegre que teve Carnival Phantasm e Prisma Illya (mesmo esse sendo diferente do original) e ver os personagens que você tanto gosta fazendo coisas normais e se divertindo em vez de lutarem até a morte é muito bom.