E finalmente mais uma série de Fate chega ao seu fim e como eu havia
dito, a sua sequência está, oficialmente, em produção. Antes de começar a escrever, quero avisar que vou usar spoilers, por isso, se você ainda não assistiu toda a série, não leia.
Eu acho que, antes de mais nada, quando disseram que fariam um manga sobre a Illya e misturaria mahoushoujo, é/era impossível não pensar que estariam se aproveitando, de novo, do sucesso de Fate, felizmente o resultado não foi tão desastroso assim. Prisma Illya conseguiu ganhar seu próprio brilho e não ser só mais um spin-off genérico de Fate/Stay Night, lógico que não com o mesmo impacto de Fate/Zero, mas mesmo assim teve seu espaço, apesar de que grande parte do cenário já foi construído na série original. Por exemplo, a maior batalha que acontece é embaixo da ponte que divide Fuyuki, para quem não sabe, ou não lembra, foi nessa ponte que aconteceu todos os eventos importantes, em Fate/Zero, foi nesse mesmo lugar que a Saber, Lancer e Rider agiram juntos para derrotar Caster, a primeira vez que a Saber usa sua Excalibur, a luta decisiva do Rider com o Archer. Em Fate/Stay Night, foi o lugar onde o Shirou descobre que gosta da Saber, onde acontece a luta contra o Gilgamesh e a Saber descobre que sua bainha está dentro do Shirou, foi nesse mesmo lugar que o Shirou toma a decisão entre proteger a Sakura ou seguir seus sonhos em HF. Entre outros tantos eventos.
A ideia de capturar as 7 cartas dos servos lembra um pouco a de Sakura Card Captor, mas foi uma ótima jogada para evitar alongamento do manga, criando um "limite" para os inimigos que a Illya e a Miyu iriam enfrentar. Curiosamente, ou melhor, propositalmente, as únicas cartas disponíveis para elas desde o começo eram o Archer e Lancer e que depois de enfrentarem a Saber elas descobrem como usar as cartas de forma correta, na minha opinião, encurtar a roupa dos servos para servir na Illya e na Miyu foi um fanservice desnecessário, para mim, já bastava a tara da Illya por empregadas.
Outra coisa que eu achei interessante foi a carga dramática que colocaram na Illya ao se transformar em uma garotinha mágica. Talvez por causa do "Efeito-Madoka", a Illya não se transformava e saia lutando como se fosse a coisa mais natural do mundo, ela se apavorava, ficava com medo, fraquejava, hesitava e até desiste de lutar, mas por causa do sentimento de não abandonar um amigo ser mais forte, ela consegue superar esse medo e lutar ao lado da Miyu que por sua vez entrou nessa batalha por não ter mais nada a perder, na metade para o final, a Miyu um motivo maior que é lutar para proteger a sua amiga.
Sobre o poder oculto da Illya, não é uma novidade isso. A família dos Einzbern é uma família de magos, e se pararmos para pensar o corpo da Illya está cheios de circuítos mágicos, a mana que ela deve possuir deve ser gigantesca, por isso eu creio que a Irisviel deve saber sobre a Illya ser uma garota mágica, assim como o Kiritsugu ser um mago e porquê não o Shirou também treinar seu rastreamento em segredo? Imaginem o leque de possibilidades que teríamos. Claro que tudo isso não passa de especulações.
Ao assistir o anime, eu li o manga e teve algumas diferenças. A mais gritante foi quando a Illya usa seu poder para proteger todas dos Assassins, no anime a Miyu fala que nunca mais quer lutar contra a Illya, no manga a Illya sai correndo e não consegue mais olhar na cara da Miyu. Sem falar que o final do anime é mais "completo", no manga acaba na mesma noite que elas derrotam o Berserker, no anime já começa o epílogo e prólogo para a segunda temporada do anime.
Três últimas curiosidades, quando a Miyu usa a Excalibur, o efeito usado foi o mesmo que a ufotable fez na luta contra o Caster em Fate/Zero. No episódio final, a realidade alternativa que a Miyu e a Illya criaram com o Parallel Include, vocês sabem de onde veio a referência? Veio desta
capa de um álbum de Fate/Stay Night e também veio desta
abertura. A Ruby e a Sapphire são dubladas pela Naoko Takano e Miyu Matsuki respectivamente. As duas são as mesmas dubladoras que fazem a Kohaku e Hisui de Tsukihime (mais precisamente em Melty Blood e Carnival Phantasm), tanto é que, pela personalidade, a Ruby lembra a Kohaku e a Sapphire a Hisui.
No final das contas, eu gostei de Prisma Illya, eu não gosto desse estilo de anime com garotinhas mágicas e monstros do dia, mas foi uma experiência diferente e uma nova forma de ver Fate, quando sair a nova temporada eu vou assistir com certeza. Quem nunca assistiu Fate também pode assistir Prisma Illya sem grandes problemas, já que é uma história paralela e sem ligação com a obra original. Embora eu ainda fique com o pé atrás por saturarem tanto uma série sendo que a Type-Moon tem outras tantas tão boas quanto, ainda espero por um anime de Tsukihime e de Mahoyo. Acredito que Fate/kaleid liner Prisma Illya 2wei! só saia no ano que vem, até lá temos ainda a grande e tão esperada animação da ufotable de Fate/Stay Night que até agora permanece um mistério.
E vocês, o que acharam?